
O mercado de data centers na América Latina vive uma expansão estrutural. Esse avanço ocorre, sobretudo, com a digitalização acelerada, a evolução da infraestrutura digital e o crescimento de operadores globais. Cidades como São Paulo, Santiago, Querétaro e Bogotá se destacam por escala, energia disponível e estrutura robusta. Consequentemente, esses fatores sustentam o crescimento de data centers em toda a região.
Conectividade avança e redefine hubs regionais
A região vive uma transformação no mapa de conectividade. Atualmente, 95% do tráfego intercontinental circula por cabos submarinos. Entre 2024 e 2026, várias rotas novas ampliarão essa rede.- O Chile consolida-se como hub transpacífico;
- O México fortalece sua posição estratégica na ligação com os EUA e Caribe;
- A Colômbia amplia a conexão entre seus pontos costeiros e Bogotá;
- O Brasil se mantém no centro das principais rotas internacionais, com iniciativas como Firmina (cabo submarino de longa distância que ligará os EUA ao Brasil com alta capacidade e baixa latência) e EllaLink (sistema que conecta diretamente América do Sul e Europa).
Esse conjunto de infraestruturas, portanto, amplia o trânsito internacional de dados e sustenta a expansão de data centers na região.
Energia renovável e ambiente regulatório impulsionam o Brasil
A matriz energética é um diferencial competitivo. Mercados com alta participação de fontes renováveis, como Brasil, Chile e Colômbia, tendem a atrair projetos de maior porte, que demandam estabilidade, previsibilidade e eficiência.
No Brasil, 75% da matriz vem de fontes limpas, sendo 62% hidrelétrica, o que reforça ainda mais a atratividade do país para hyperscalers - que são grandes provedores globais de serviços em nuvem que demandam operações de escala massiva - bem como para operadores de colocation, responsáveis por oferecer infraestrutura compartilhada para múltiplos clientes.
Além da disponibilidade energética, programas como o Redata (Regime Especial de Tributação para Data Centers) e o PNDC (Programa Nacional de Desenvolvimento de Data Centers) tornam o ambiente regulatório mais competitivo, uma vez que oferecem incentivos fiscais e diretrizes que estimulam a implantação de novos projetos.
Para ilustrar, o país é o maior mercado de data centers na América Latina, com 23 operadores e mais de 1,6 GW de capacidade potencial. Atualmente, a capacidade instalada já supera 1 GW. Novos empreendimentos seguem em construção nos principais eixos de conectividade.
Landscape competitivo se intensifica com novos entrantes
O mercado brasileiro apresenta forte concentração em grandes players, reflexo da maturidade e do alto nível de investimento exigido para novos projetos. A presença de operadores globais eleva o padrão técnico e operacional, enquanto novos entrantes mantêm o ambiente competitivo ativo, impulsionando, desta forma, inovação, eficiência e aceleração no ritmo das entregas.Projeções apontam para crescimento de 60% até 2030
Os fundamentos do setor permanecem sólidos, mesmo diante de cenários macroeconômicos desafiadores. O pipeline projetado até 2030 prevê um aumento próximo a 60% na capacidade entregue, com foco em empreendimentos mais tecnológicos, eficientes e resilientes.
Para investidores, o desafio está em equilibrar a velocidade do mercado de tecnologia com o ritmo de desenvolvimento imobiliário, garantindo assertividade na alocação de capital, eficiência operacional e estratégia de localização. Em um mercado onde a maturidade avança rapidamente, a disputa tende a se intensificar e a liderança dependerá de quem conseguir combinar escala, inovação e execução.
A atuação da Cushman & Wakefield no mercado de data centers
A Cushman & Wakefield está no centro da evolução da infraestrutura digital. A empresa possui expertise consolidada no segmento e atua em todas as fases do ciclo de vida dos ativos. O Global Data Center Advisory Group tem mais de 20 anos de experiência e oferece serviços completos. Isso inclui seleção de site, due diligence, valuation,leasing, gestão de facilities e gestão de projetos de construção ou retrofit.
Com presença global e atuação local, a Cushman & Wakefield apoia ocupantes, operadores e investidores. Dessa forma, garante que cada estratégia imobiliária acompanhe o ritmo da transformação digital e o avanço da expansão de data centers na região.
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