
De modo geral, os dados mais recentes mostram um cenário dinâmico, com queda consistente na vacância, valorização das regiões premium e crescimento da demanda em áreas emergentes.
Regiões premium impulsionam o mercado de escritórios de São Paulo
As regiões mais nobres da cidade, como Faria Lima e Juscelino Kubitschek (JK), continuam sendo o epicentro do mercado de escritórios de São Paulo.
Nos últimos seis anos, essas áreas viram o preço médio pedido mais que dobrar, subindo de R$ 130/m² para R$ 280/m². Além disso, nos trechos mais valorizados — especialmente entre a Av. Cidade Jardim e o final da Faria Lima — a média chega a R$ 316/m², com picos de até R$ 350/m².
Consequentemente, essa valorização reflete o perfil premium dos empreendimentos e a limitação de novos terrenos disponíveis, o que mantém a pressão por espaços de qualidade.
Chucri Zaidan e Chácara Santo Antônio ganham protagonismo
Enquanto isso, os preços nas regiões premium atingem patamares recordes, e outras áreas corporativas vêm ganhando força dentro do mercado de escritórios de São Paulo, como Chucri Zaidan e Chácara Santo Antônio.
Entre 2019 e 2025, a Chucri Zaidan entregou cerca de 200 mil m² de escritórios classe A e, mesmo assim, reduziu a vacância de 25% para 15%. Paralelamente, o preço médio pedido subiu de R$ 94/m² para R$ 104/m², mostrando estabilidade e equilíbrio entre oferta e demanda.
Já a Chácara Santo Antônio, por sua vez, passou por uma transformação ainda mais expressiva: a vacância despencou de 87% para 27,8% no mesmo período, enquanto o preço médio variou de R$ 69/m² para R$ 72/m². Embora ainda esteja acima da média da cidade (12,8%), o avanço demonstra forte absorção de espaços e interesse de empresas que buscam localização estratégica com custo competitivo.
A força da demanda
Dessa forma, o comportamento desses submercados mostra que o Mercado de escritórios de São Paulo segue resiliente, com demanda consistente por espaços corporativos. O movimento de descentralização é natural: conforme as áreas premium atingem limites de preço e oferta, empresas buscam novas regiões com boa infraestrutura e acesso facilitado. Esse efeito tem garantido ocupação contínua em regiões que, há poucos anos, enfrentavam altos índices de vacância.
Perspectivas para os próximos trimestres
Com a vacância em queda e os preços se estabilizando, o Mercado de escritórios de São Paulo indica um novo ciclo de equilíbrio. A grande questão agora é: quando a oferta nessas regiões intermediárias chegar ao limite, como o mercado irá reagir?
Essa é uma resposta que o próximo MarketBeat de Escritórios da Cushman & Wakefield deve ajudar a revelar.
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