Contexto económico
Prevê-se que a economia portuguesa cresça 1,7% em 2025, com uma aceleração moderada nos anos seguintes, apoiada por uma procura interna resiliente e pela melhoria das exportações. A inflação deverá moderar gradualmente, situando-se nos 2,4% em 2025, antes de se estabilizar nos 2,0% em 2026 e 2027. A taxa de desemprego deverá continuar a sua trajetória descendente, com uma previsão de quebrada para 6,1% em 2025 e 5,7% em 2026, atingindo o seu nível mais baixo desde 2001.
Visão geral da procura
O mercado de escritórios do Porto registou uma recuperação significativa no terceiro trimestre de 2025, com uma absorção que atingiu 17 740 m² em 17 transações — mais do dobro do trimestre anterior. No entanto, o total acumulado no período entre janeiro e setembro de 27 293 m² continua ainda assim 54% abaixo do mesmo período de 2024. Entre as principais transações destacam-se a ocupação pela Mota Engil de 8.670 m² no M-ODU (zona 4) e o arrendamento de 3.450 m² por um inquilino confidencial no edifício Menéres 612 (zona 6). O zona Oriental (zona 4) liderou a atividade, representando quase 50% da ocupação no terceiro trimestre, seguida por Matosinhos (zona 6) com 26%. Em termos setoriais, o setor Outros Serviços dominou com 49% da ocupação, e o setor Consultores e Advogados representou 23% da absorção total
Taxa de desocupação
A taxa de desocupação no Grande Porto diminuiu 0,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, para 8,5%, com o CBD Boavista (zona 1) com uma taxa de desocupação de 7,6%, o CBD Downtown (zona 2) de 5,7% e Matosinhos (zona 6) de 10,9%.
Tendências de rendas
As rendas dos escritórios de primeira linha permaneceram estáveis em todos os zonas do Grande Porto no terceiro trimestre de 2025, com a renda no CBD Boavista (zona 1) a situar-se nos 21,00 €/m²/mês.
Oferta futura
Não foram concluídos novos edifícios de escritórios no terceiro trimestre de 2025. A oferta futuraem desenvolvimento prevê a entrega de 107 160 m² de novos espaços de escritórios nos próximos três anos, com 89 160 m² atualmente em construção, dos quais 31% já se encontram pré-ocupados. Os principais projetos em curso concentram-se nas zonas CBD Baixa (zona 2), ZEP (zona 3), Oriental (zona 4) e Matosinhos (zona 6).